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CONVÊNIO ICMS 75/90

CONVÊNIO ICMS 75/90

  • Publicação DOU de 14.12.90.
  • Ratificação Nacional DOU de 31.12.90, pelo Ato COTEPE/ICMS
  • 06/90 .

  • Ver Conv. ICMS
  • 53/93 , que autorizou o ES a reduzir para 4%.

  • Ver Conv. ICMS
  • 130/93 , que autorizou MG a reduzir para 4%, condicionado.

    Autoriza os Estados e o Distrito Federal a conceder tratamento tributário especial nas saídas de minério de ferro e "pellets".

    A Ministra da Economia, Fazenda e Planejamento e os Secretários de Fazenda ou Finanças dos Estados e do Distrito Federal, na 61ª Reunião Ordinária do Conselho Nacional de Política Fazendária, realizada em Brasília, DF, no dia 12 de dezembro de 1990, tendo em vista o disposto na Lei Complementar nº 24, de 07 de janeiro de 1975, resolvem celebrar o seguinte

    CONVÊNIO

    Cláusula primeira

     Ficam os Estados e o Distrito Federal autorizados a reduzir a base de cálculo do ICMS nas saídas de minério de ferro e "pellets", quando destinados ao exterior, de forma que a carga tributária resulte em 6% (seis por cento) aplicada sobre o valor "FOB" do produto exportado.

    Cláusula segunda

     A autorização concedida na Cláusula anterior aplica-se também às saídas de:

    I - minério de ferro destinado à fabricação de "pellets" fora do Estado extrator;

    II - "pellets" destinado à industrialização no Estado extrator do minério;

    III - minério de ferro e "pellets" vendidos no país com destino à exportação.

    Parágrafo único. Para se apurar o valor do imposto a pagar nas hipóteses previstas nesta Cláusula, o percentual de 6% (seis por cento) será aplicado sobre:

    1. o valor equivalente ao valor FOB do produto, nas operações de exportação, no caso previsto no inciso I;

    2. o valor da operação, nos casos previstos nos incisos II e III.

    Cláusula terceira

     Fica suspenso o pagamento do ICMS nas seguintes operações, com minério de ferro e "pellets":

    I - saídas com destino aos portos de embarque para posterior exportação;

    II - saídas em operações internas com destino à comercialização ou industrialização.

    § 1º O disposto nesta Cláusula não se aplica às hipóteses previstas na Cláusula primeira e segunda e às saídas interestaduais não destinadas a posterior exportação.

    § 2º Na hipótese de mudança de destinação do minério de ferro e do "pellet", o ICMS suspenso na forma do inciso I, será pago pelo estabelecimento remetente quando da saída do porto, inclusive sobre o serviço de transporte.

    Cláusula quarta

     Fica atribuída às empresas mineradoras a responsabilidade pelo recolhimento do ICMS devido sobre o transporte dos produtos mencionados nas Cláusulas primeira e segunda, não sendo exigido o recolhimento do tributo relativo ao transporte nas operações destinadas aos portos, ao exterior ou à fabricação de "pellets".

    Parágrafo único. O disposto nesta Cláusula não se aplica à prestação de serviços de transporte marítimo, nas vendas com cláusula FOB, de minério de ferro e "pellet", cujo ICMS devido pela prestação será pago pelo transportador.

    Cláusula quinta

     O sistema previsto neste Convênio será integralmente praticado como opção do contribuinte, cabendo exclusivamente ao Estado extrator o ICMS devido sobre o minério de ferro e ao Estado fabricante o devido sobre o "pellet".

    Parágrafo único. A aplicação do presente Convênio implica estorno de quaisquer créditos fiscais previstos na legislação, exceto o do minério destinado à fabricação do "pellet", e os decorrentes da saída do "pellet" no mercado interno com destino à exportação.

    Cláusula sexta

     Este Convênio entra em vigor na data da publicação de sua ratificação nacional, ficando revogado o Convênio ICMS 68/89 , de 29 de maio de 1989.

    Brasília, DF, 12 de dezembro de 1990.